Seis tecnologias de ponta para acelerar a saúde financeira

Esta semana, o BID Invest participa da 9ª Conferência Anual de Micro finanças na Costa Rica.
O fórum reúne parceiros dos setores público e privado, alinhando-se ao esforço contínuo do BID Invest para alcançar o ambicioso objetivo de aproveitar as instituições financeiras para promover a saúde financeira na região.
Um componente-chave dessa transformação em todo o ecossistema será o uso e a ampliação de tecnologias essenciais.
O BID Invest está utilizando sua participação nesta conferência para aprofundar a discussão sobre essas tecnologias de ponta:
1. Sistemas de pagamento rápido no varejo: instantâneos e acessíveis
Sistemas de pagamento rápido no varejo são plataformas digitais que permitem transações instantâneas, seguras e de baixo custo entre indivíduos, empresas e governos. Eles estão revolucionando como as pessoas transferem dinheiro e realizam pagamentos.
O PIX, no Brasil, é um exemplo comprovado de mudança de mercado, permitindo transferências gratuitas e instantâneas.
A tecnologia oferece um modelo replicável em outros países da região, e o Grupo BID está liderando esforços para apoiar infraestruturas públicas digitais e políticas públicas que facilitem a implementação e interoperabilidade desses sistemas.
Países-piloto incluem Colômbia (onde o sistema nacional de pagamentos instantâneos Bre_B deve ser lançado em setembro de 2025), Equador e Suriname.
2. Open finance: o poder do compartilhamento de dados
O Open Finance está surgindo para facilitar o compartilhamento de dados financeiros entre plataformas, criando produtos financeiros mais personalizados e centrados no cliente.
Ao permitir que instituições financeiras acessem e compartilhem dados dos consumidores com segurança, o Open Finance ajuda os bancos a oferecer serviços sob medida para um público mais amplo, incluindo pessoas sem acesso ou com acesso limitado ao sistema bancário.
O Grupo BID liderou pesquisas sobre o Open Finance e o desenvolvimento de seu ecossistema, especialmente no Chile, onde há esforços para promover marcos regulatórios seguros e responsáveis.
3. Neo bancos e fintechs: uma nova era de bancos digitais
Neo bancos, como o NuBank (Brasil), Ualá (Argentina) e Alba (México), são empresas de tecnologia financeira que operam online e oferecem uma ampla gama de serviços.
Eles estão competindo com os bancos tradicionais de formas antes inimagináveis e já são atores relevantes na América Latina e no Caribe.
Enquanto isso, prestadores de serviços mais especializados, como as fintechs, estão ajudando a reduzir o uso de dinheiro em espécie, melhorar o planejamento financeiro e ampliar o acesso ao crédito.
O NuBank, o maior e mais conhecido neo banco, já se tornou o maior banco da região em número de clientes, com mais de 115 milhões de usuários no Brasil, Colômbia e México.
Sua abordagem digital permitiu alcançar populações desatendidas, com produtos financeiros simplificados, transparentes e de baixo custo, promovendo a saúde financeira de forma ampla e duradoura.
4. IA generativa: personalizando os serviços financeiros
A inteligência artificial generativa é uma das tecnologias mais inovadoras no setor financeiro, pois pode criar modelos alternativos de dados para avaliar a capacidade de crédito com base em pegadas digitais e dados psicométricos.
Isso tem o potencial de romper o ciclo de altos custos de empréstimos e práticas predatórias que limitam a saúde financeira.
Como destacado em publicações anteriores do BID Invest, é essencial enfatizar o uso responsável da IA, especialmente na proteção da privacidade dos dados.
O Grupo BID está ativamente engajado com reguladores para garantir que as tecnologias de IA sejam usadas de forma ética, promovendo inclusão sem comprometer a segurança.
5. Blockchain: transparência e eficiência nas finanças
O blockchain é uma tecnologia de registro digital descentralizado que registra transações com segurança em vários dispositivos.
A colaboração entre o BID Lab, o BID Invest e o Banco Davivienda para emitir o primeiro título em blockchain da Colômbia é um exemplo de como essa tecnologia pode aumentar a transparência e reduzir a burocracia nos relatórios financeiros.
A autorização, registro inicial, emissão, negociação e conformidade com o Registro Nacional de Valores e Emissores foram realizados em blockchain para testar formas de simplificar o processo e reduzir custos ao longo de um ciclo completo de negociação no mercado de capitais colombiano.
Além disso, o blockchain está sendo usado pela Fundación Génesis, na Guatemala, para explorar se pode comunicar condições ideais do solo aos agricultores.
O BID Lab apoiou a criação de pagamentos digitais na Fundación Génesis, promovendo caixas eletrônicos inteligentes e carteiras digitais para clientes em áreas rurais.
6. Dinheiro programável: revolucionando os pagamentos
O dinheiro programável, como as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e as stablecoins, pode aumentar a segurança bancária. Até agora, a adoção do Sand Dollar nas Bahamas tem sido lenta, mas busca tornar o sistema bancário mais rápido e eficiente para mais cidadãos.
À medida que o dinheiro programável ganha espaço, ele pode viabilizar transferências condicionais, remessas ou pagamentos relacionados ao clima, atrelados a incentivos comportamentais. Essa tecnologia se autorregula melhor do que a moeda tradicional.
A próxima fronteira inclui o RegTech inclusivo e o SupTech (tecnologia de supervisão), para apoiar a conformidade regulatória e de supervisão sem comprometer a inclusão. O trabalho público-privado do BID será apresentado em eventos futuros na região.
Caminho a seguir
As tecnologias existentes, aliadas ao papel estratégico do BID Invest em suas aplicações inovadoras, podem permitir que os bancos alcancem diversos segmentos de clientes em diferentes fases da vida e setores.
Para apoiar o lado das políticas públicas, o BID informa e desenha políticas para o desenvolvimento do capital humano, supervisão financeira eficaz e um marco legal que permita o crescimento responsável da tecnologia.
Essas inovações demonstram o potencial de reduzir custos, estimular o crescimento dos negócios e melhorar a saúde financeira por meio de uma gama mais ampla de serviços, promovendo, em última análise, a prosperidade de longo prazo.
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